O Tarô de Marselha

Posted by Jorge Puente Marcadores:



Aproximadamente 600 anos atrás surge o tarô na forma em que o conhecemos hoje. Ou seja, as imagens que usamos atualmente parecem ter origem em imagens dessa época. Podemos rastrear o tarot até 500 ou 600 anos atrás, mas não mais longe (li agora há pouco num site que as primeira imagens datavam de 1299...). Com isso quero dizer que ainda não achamos documentos que sirvam de prova que ele é mais antigo. As imagens originais (as mais semelhantes) estão em manuscritos dessa época. Para quem tiver interesse neste tema, aconselho o livro da Sallie Nichols, Jung e o Tarô. É claro que tem muitos outros autores, que vão de Levi a Nema, que opinaram sobre a origem do tarot. Vale a pena ler todos eles. Por exemplo, na Iniciação através do Tarot é considerado que ele tem mais de quatro mil anos e que não é apenas um sistema de adivinhação, mas um Caminho Iniciático que tem suas raízes no antigo Egito. Na minha linha consideramos que ele é bem mais antigo e que foi criado nos últimos dias da Antiga Civilização, como uma forma de preservar os conhecimentos daquela civilização e ao mesmo tempo como um caminho iniciático para conseguir um Humano divino... Enfim, histórias e opiniões tem muitas: escolham a que vocês mais gostem...:)
Vamos aos fatos?

Chegamos ao que parece ser o pontapé inicial do nosso jogo de tarot atual: o Tarô de Marselha. Vinte e duas cartas principais e 56 secundárias. Elas são conhecidas como os Arcanos Maiores (as 22 primeiras) e os Arcanos Menores (as 56 restantes). Não são diferentes em importância, mas no tipo de leitura que oferecem.
Vamos nos concentrar primeiro nos Arcanos Maiores. Vinte e duas cartas que nos mostram 22 estados do consciente ou inconsciente. Vinte e duas situações pelas quais todos nós passaremos em algum momento da vida, ou talvez em mais de um momento...
Os personagens, as cores, os fundos, tudo parece ter sido criado para produzir uma resposta a nível inconsciente do leitor do baralho. Você pode meditar sobre ele, e cada vez aprenderá coisas diferentes. A idéia é que cada carta abra uma porta ao seu inconsciente e que a força do arquétipo entre em contato com você, produzindo mudanças (bem, essa é uma das formas de encarar o tema. Tem outras...:)
Esse baralho original terminou se separando em dois. Hoje usamos as 56 cartas dos Arcanos Menores como um baralho comum. Elas têm duas versôes: o baralho inglês e o baralho espanhol. O primeiro é o que todos usamos para jogar paciência no micro. Está dividido em Diamantes, Corações, Trevos e Piques. O segundo conserva mais caraterísticas originais e está dividido em Ouros, Espadas, Copas e Paus. A diferença do anterior, conserva a figura do cavaleiro. Todos jogam com essas cartas e quase ninguém sabe que servem para propósitos adivinhatórios e de autoconhecimento! O uso dos arcanos menores vou contar numa outra postagem.
Vamos deixar então o Tarô de Marselha como o vovô de todos nossos tarôs atuais. Ele é o mais usado, seja na sua versão original ou em alguma das versões derivadas. Existem outros baralhos com cartas e significados completamente diferentes, mas vamos deixá-los para outras postagens.

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